desejei-te primeiro, em todo meu sempre
ouvir das tuas câmaras os ecos e temores
dedilhar em teu corpo a partitura, desamores
admirar teu brilho como quem resigna e consente:
como poderia, entre tuas curvas, haver lógica tão evidente?
matematizar os sentimentos em tua brancura
para no negro do espírito buscar o equilíbrio
debruçar-me em reverência aos teus graves
especular o limite da agudez ao alcançar-te
rascunhar as cenas mais tristes
desdobrar a melancolia da tua veste
fundir-me a ti, feito uma prece
em busca do perdido: nunca arrefece.
Que lindo! Amei