quanto dos teus passos poderia
ter seguido
enquanto, na mudez do desespero
espero
compasso
qualquer janela: paisagem nova
telhados aglomerados, profusão de cinzas
nublados
espectros numerosos, cabisbaixos
um lá e cá de vazios
solilóquios
são tantos os novos bairros
de cores – e ópios
as caras, as paredes, uniformes
os convites
da anil profundeza, soerguem esmeraldas:
olhos nativos do flanar
entre a surdez das buzinas e ambulantes
a desviar do sono murmurante de mendigos
semblantes
lugar-mosaico, sorrisos, palavras
sotaques de surpresa estrangeira
um acolher corajoso nos braços estranhos
embalam
amam
eis que te sigo nas tuas esperas
e travessias
nas dores e buscas dos novos dias
escapo, observo
desenho o mapa das rotinas
pronúncias
fugidas
vejo-te perdida-encontrada no fim da rua
esquina.
encontro.
o cenário se refaz aos olhos.
os olhos reluzem outro brilho.
descoberta.