oeste

a brisa azul revolve as folhas caídas
trapaceia com os sujismundos da praça
espanca o passado com vela
quente

trisca a faca no paralelepído
ausente

chama para o duelo o traidor
oponente

mastiga a vida com casca
semente

enxerga a cidade do alto
descrente

monta no burro e abre um livro à sombra
indolente

espera o urgir do tempo
e a sombra da moça
somente.

Sobre Rodolfo Araújo

Jornalista, amante do teatro, um (des)crente (in)constante.
Esse post foi publicado em poesia. Bookmark o link permanente.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s