Arquivo do mês: julho 2014

fresta

fresta afunila um sopro molda esguiamente a lufada retifica, ao filtrar um feixe oxigena, com a liberdade flerta: o fora. estende-se, comprida pouco larga: discrição de longe, despercebida risco feito outro qualquer: multidão assombra, quando próxima revela, ventila, quimera parece … Continuar lendo

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ocre

lembro, era tempo de amanhecer rosto lavado por águas noturnas um passado à palma da mão semblante banhado de ocre carinho amplo da rouquidão perdia-se entre letras difusas silenciava na contramão sobretudo sobre seus todos sobra-me pouco escuridão.

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sonho

são gestos maquínicos replicantes, severos cortantes língua na lâmina navalha adiante sem pensar num quadro, quadrado estático, urbano ao relento dos panos brancos da escuridão teus caminhos esquecem enquanto me lembro de ti tuas voltas entontecem me fazem querer repartir … Continuar lendo

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madrugada

arde-me em noites encharcadas aos cântarosa tua sombra pueril esculpida em brancas vestesvêm-me à mente ecos de versos e encantossoprados violentamente para teu leste o tecido incompleto da tua figurareclama pelo silêncio pálido do perdãoexclama em teu peito a pura … Continuar lendo

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Línguas

Ambíguas Exógenas Carnívoras Molhadas, suadas, mortíferas Dançantes, uivantes, susurrantes em espirais de Cortázar, os peixes matéria-prima dos bacanais indecifráveis, sofríveis, presas mordidas espessas, feridas, virgens envelhecidas mutantes, coloridas, adormecidas geladas, atônitas, suburbanas desconhecidas tremidas, fugidas, secretas entorpecidas são línguas severas, … Continuar lendo

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