arde-me em noites encharcadas aos cântaros
a tua sombra pueril esculpida em brancas vestes
vêm-me à mente ecos de versos e encantos
soprados violentamente para teu leste
o tecido incompleto da tua figura
reclama pelo silêncio pálido do perdão
exclama em teu peito a pura essência
marca na areia a vida em escuridão
uma hora no teu leito, uma quimera
suburbanos vultos do passado, reviver
explodir-me na fugacidade dos teus poros
eximir-me da culpa de existir
saberei de ti em um breve tempo
que soberba da espera me alimente
um deus a mim há de estar