à guisa de qualquer sabor amarelo
ou frutíferos devaneios etílicos
salivas ungidas de licor e vinho
dançam em correntes tortuosas
de suor e medo
quantas fúrias, por entre seus becos indecentes
culminam em bailes, fulgores mundanos
secura da noite faminta, ciosa
pelo sangue das confissões a misturar-se
em alquimia
aos gemidos violentos do depois
perdidas, buscam-se as línguas inquietas
em fachadas de esplendorosa decadência
foges, à sombra dos pilares celestes
entrega-te, no silêncio dos becos agrestes
solilóquios feudais moldam ecos de outrora
especulo, no distorcer amplo dos minutos
entre os torpores liquefeitos,
o próximo passo
espero-te à espreita.