Arquivo do mês: agosto 2015
o início de um conto
o dia mal havia amanhecido quando as paredes da estrada já eram apenas árvores. no contrafluxo, os farois rumavam em ritmo obrigatório: destino cruel dos que trabalhavam no platô acima da serra. há tempos o motor não experimentava uma lufada … Continuar lendo
vento
invisível contornos deletérios na amplidão do querer voz minha que se faz inaudível nos pântanos do teu esquecimento voa com o vento vestido lento bailar escapa-me diuturnamente em pleno e permanente calar
adiposidade
acúmulo, sedimentação das ansiedades deglutidas solidez irredutível da solidão-ausência exclusão ao redor do redor redundante e circular memória sucessiva de prazeres tantos hedonismo pontilhado em sabores vítima metabólica do fátuo fogo do temor em exercício tua ausência também é enferma … Continuar lendo
gado
há um tubo a sugar rumo (ao) escuro há um gado cabisbaixo ensimesmado marcha lento para o muro há idosos fadigados um som alto a tocar vendedores clandestinos amores repentinos e olhares fugitivos escapismos milimétricos aforismos tão poéticos pregadores tentam … Continuar lendo