há um tubo
a sugar
rumo (ao) escuro
há um gado
cabisbaixo
ensimesmado
marcha lento
para o muro
há idosos
fadigados
um som alto
a tocar
vendedores
clandestinos
amores
repentinos
e olhares
fugitivos
escapismos
milimétricos
aforismos
tão poéticos
pregadores
tentam os céticos
em vão
telas tantas
dedos loucos
iluminismo
às cegas
faz do grito
sopro rouco
estações
o vaivém
cotoveladas
soçobram todos
rotina-peso
empurrões
há o caos
na próxima parada
jornada indelével
sem retrocesso
progresso-ilusão
até a volta,
ocaso.