Arquivo do mês: setembro 2015
alvorada
como será o dia em que, descortinada, deixará que entrem os feixes e tatuem com suas quentes listras o corpo a repousar? onde estarei vigilante dos teus relevos quando a alvorada murmurar? quantos pecados hei de acumular ao ver-te, de … Continuar lendo
espera
saudade abismo doce de ternura entre antes e depois tempo suspenso parado no campo suspiro que desce feito gole seco suores múltiplos das palmas e sulcos contrações de todos os músculos temer o calendário que, imóvel, sorri desgastar os discos … Continuar lendo
solar
a vontade converteu-se em túnel. não havia nada ao redor senão paisagem em escape. volátil e veloz, pendia morro abaixo sem pensar noutra coisa. havia apenas o suor na palma das mãos, ciosas por desenhar novamente o rosto-voz-palavras que milhões … Continuar lendo
menino
Não são poucas as vezes Em que o menino Por trás do arbusto Se esconde Palpita-lhe o peito A lâmina dúbia: Ansiar pelo perigo Sorrir de vida Ficar ao relento Enquanto cai o sereno Agasalhar-se em longos E sanguíneos beijos … Continuar lendo
noite-dia-noite
juntos cometamos o crime lento e suculento perjúrio à luz do dia façamos noite deste todo ainda que, no alto, haja sol dualidade à Magritte passado-futuro em fusão do solo, a emergência milhões de peixes enovelados na teia indelével da … Continuar lendo