leve
a luz do dia
esmaece
entre seus tons
não há voz alguma
neste espaço:
um gole, um espasmo
um traço
trago a febre
e o calor do mar
em meu peito:
arrebenta-se, certeiro,
em espumas de som
esta harmonia, límpida,
que circunda, levita e observa:
canta
sem voz
os raios derradeiros
tatuam a pele
em retilíneos feixes
– é quando olha para trás
a sorrir.