Arquivo do autor:Rodolfo Araújo

costumava prever tragédias. um dia se olhou no espelho e não saiu mais de casa.

sujo sujeito sugado pelo sistema a mão que sangra na ponta da faca daquele que tenta fugir.

vendo vazio em pacotes de todos os tamanhos leve três ausências pague duas na promoção uma lacuna de brinde se chegar cedo um vácuo para tomar caso demore por nada.

de prego, agulha, alfinete de vento de pau da empresa, do esquema do capítulo, matéria, poema do crime: a inteligência em parafuso perdida quebrada inchada exaltada explodindo erguida ou fresca num susto, quando é busto feita, raspada sagitários, lado a … Continuar lendo →

narra, narra, narrador serra, serra, serrador serra, serra, serra a dor

de que forma é possível uma palavra respeitar? deixando-a livre do grilhão da forma ou botando numa linha para andar? seu voo, aberto e sem planos, corre feito rio curvilíneo aprisionada nos ditames categóricos para fins meramente alegóricos são malabares … Continuar lendo →

há um sorriso que escapa logo, contido; enquadrado na carapaça de linhas retas que embalam o vazio há uma mulher que escapa pelo baile dos olhos na obliquidade das interjeições e se aquieta, arrefecida, no vapor dos senões.

pinça o tendão repuxa no entre pélvico sorumbático, soturno num poente estático de fluxo e seiva na nervura fértil mágica nevrálgica.

tapete feito para ocultar problemas metacriminalidade fratura exposta no choque de foices e colarinhos gatunos sociais, soltos ladrões de galinha, em gaiolas

nas mesquitas, um grito repetido, rivaliza com o ruído da multidão que aflora das tuas entranhas, também de fora sedentos todos pelo caos tecido de cimento, as vias embolam o tráfego dos afetos e mercadorias fluxo de excessos: melancolia a … Continuar lendo →