Arquivo da categoria: poesia

convite

deve ser, de fato incontenstável insolúvel embora diluído em imenso lago que a lua reflete irremediável está, aconselham todos testemunhas oculares dos sorrisos furtivos inesperadas gentilezas mesmo das proibidas flores obliquamente cultivadas que ânsia emerge deste maremoto acumulam-se as lembranças … Continuar lendo

Publicado em poesia | Deixe um comentário

vento

invisível contornos deletérios na amplidão do querer voz minha que se faz inaudível nos pântanos do teu esquecimento voa com o vento vestido lento bailar escapa-me diuturnamente em pleno e permanente calar

Publicado em poesia | 1 Comentário

gado

há um tubo a sugar rumo (ao) escuro há um gado cabisbaixo ensimesmado marcha lento para o muro há idosos fadigados um som alto a tocar vendedores clandestinos amores repentinos e olhares fugitivos escapismos milimétricos aforismos tão poéticos pregadores tentam … Continuar lendo

Publicado em poesia | Deixe um comentário

ter

poder a posse reter o teto driblar a sorte curvar o reto beber o cão beijar o poste chorar nas cócegas voar a esmo apostar as fichas sem ter direito não crer no fim morder a ponta da faca cruzar … Continuar lendo

Publicado em poesia | Deixe um comentário

ciclo

há uma gota, límpida, ensimesmada a cruzar ares cinzas, brancos, anis existe apenas o seu peso e, aprumada, vislumbra o inevitável altera pouco sua forma no trajeto: ao lado, sibilam quedas similares permanecem, todavia, na retidão dos cada quais espalha-se … Continuar lendo

Publicado em poesia | Deixe um comentário

soneto inglês

ah, no úmido recôndito ouço um brado a profundidade da brancura pueril espanta-me em olhar arrebatado comprime o peito em devaneio febril espalhado na alcova, sussurro: pecado de meus pensamentos, jorra-te líquido vil arranca da minha pele o medo inacabado … Continuar lendo

Publicado em poesia | Deixe um comentário

nostalgia

haverá no rincão de qualquer memória fagulha viva do remoto outroras sedimentados entre rios de frustrações vales desesperados fulgores repentinos intermináveis celebrares o tempo que contra si corre no sufocante encontro entre o agora e o fim olhar para trás … Continuar lendo

Publicado em poesia | Deixe um comentário

verdade

moeda que perdeu a efígie, disse o louco, na febre de mais um desvario polifonia de egos profanações mútuas a favor de um (não) eu sob o véu pornográfico das sociais convenções, há convescotes e sussurros – mundos reais chovem … Continuar lendo

Publicado em poesia | 2 Comentários

efemeridade

fumaça solta no ar um espasmo do tempo perdida entre dois momentos beijo furtivo numa esquina esquecida borra num fundo de xícara papel-pássaro dá voltas no centro impresso de pouca vergonha avião num rompante barulho escaldante no azul olhares cruzados … Continuar lendo

Publicado em poesia | Deixe um comentário

acaso

há sempre tempo para que a lâmina caia certeira divida o caminho em muitos a bifurcar-nos em pétalas de quereres inóspitos inesperados sobre a corda linear do plano feito a ausência (da) lógica impera: faz-se do fato um feito do … Continuar lendo

Publicado em poesia | Deixe um comentário