Arquivo da categoria: poesia

calar

à luz âmbar, divã: examino-me na fronteira mundo-carne – espanto. das substâncias fluentes textos e beijos: lamentos. brisas noturnas ceifam o querer aplacam em sordidez pura qualquer dizer perder-se nos vãos barrocos da memória, saída provável sonhar a dissolução da … Continuar lendo

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invisível

no claustro da redoma, atrás da fronteira à sombra, à espreita, na fresta, a colheita, o passado-futuro furta-cor soterrada no medo na trincheira de um texto sob o suspirar lento do trauma e o efeito colérico do torpor narcótico destino-correnteza … Continuar lendo

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trauma

lança-te no penhasco, apronta-te! ao percorrerem-te os dedos rubros do querer quebra a tua imagem em mil cores espelhadas ao beijar o vento verticalmente da boca aos pés sabes que, ao revirar os peixes e mares de um beijo todos … Continuar lendo

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horizonte

uma fina camada vítrea separa apara a poeira estanca, ligeira gotejo intenso, cortejo alado de pássaro curioso voyeur escandaloso espiões quaisquer além dela, miniaturas de nós de ferros e latas alguns aos céus tentam se erguer na circular teocracia financeira … Continuar lendo

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central

havia um filtro, enquanto percorria a rua central; o acinzentado racional do presente embebia-se das dóceis cores do outrora. de fato, mais vivas eram; vermelhos intensos, amarelos solares azuis masculinos, púrpuras suaves. nos fuscas, fachadas, relógios de rua intensa poluição … Continuar lendo

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libertação

fechar a porta, sem os dramáticos arroubos de contemplar o passado; decidir, arrumar e partir mecanicamente à espera de si mesma ali, do outro lado, talvez na calçada, antes mesmo da porta; num degrau. expiar os pecados de não sucumbir … Continuar lendo

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entre

no vazio  entre um suspiro e outro um poema natimorto.  

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fresta

fresta afunila um sopro molda esguiamente a lufada retifica, ao filtrar um feixe oxigena, com a liberdade flerta: o fora. estende-se, comprida pouco larga: discrição de longe, despercebida risco feito outro qualquer: multidão assombra, quando próxima revela, ventila, quimera parece … Continuar lendo

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ocre

lembro, era tempo de amanhecer rosto lavado por águas noturnas um passado à palma da mão semblante banhado de ocre carinho amplo da rouquidão perdia-se entre letras difusas silenciava na contramão sobretudo sobre seus todos sobra-me pouco escuridão.

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sonho

são gestos maquínicos replicantes, severos cortantes língua na lâmina navalha adiante sem pensar num quadro, quadrado estático, urbano ao relento dos panos brancos da escuridão teus caminhos esquecem enquanto me lembro de ti tuas voltas entontecem me fazem querer repartir … Continuar lendo

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